Companhias que não utilizam a tecnologia em processos que podem ser automatizados estão perdendo tempo e dinheiro. Mas é preciso adotar critérios para utilizar as ferramentas, principalmente, no atendimento ao cliente
Todo mundo já ouviu o ditado popular “tempo é dinheiro”. No universo corporativo e no mercado, de fato, é uma realidade. Em função disso, cada vez mais as empresas, independentemente do setor, têm buscado soluções e ferramentas para otimizar tarefas e fazê-las no menor tempo possível, sem perder a qualidade.
Com o advento da tecnologia e a criação de programas para tudo que se possa imaginar, a utilização de softwares e máquinas para realizar processos de maneira mais eficiente é chamada de automação. Com a automação o gestor retira da equação “esquecimentos”, “mal humores”, “problemas pessoais” e a natureza falha inexorável dos seres humanos.
Um exemplo de automação utilizada de forma muito simples no dia a dia é a cobrança automática nos pedágios. Quem tem o dispositivo, passa direto pela cancela. Quem não tem, precisa pegar fila, esperar, ter dinheiro físico na carteira, pegar troco e interagir com seres humanos, o que nos tempos de pandemia tem um peso ainda maior do que o normal.
Dados da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil apontam que cada vez mais empresas estão aderindo às soluções deste tipo. O Índice de Automação do Mercado Brasileiro mostra que o crescimento no Brasil, entre 2019 e 2020, foi de 3% no período. O índice mede a taxa de automação dentro das empresas brasileiras em três frentes: consumidores, comércio e serviços e indústria.
Usando a automação para vender mais
Seja qual for o setor de atuação e porte da empresa, é necessário investir em um departamento comercial, que capte clientes para gerar receita. “Um departamento de vendas que entrega resultados precisa manter uma série de processos. Sem o devido controle e diligência, que são entregues pela automação, os resultados estão fadados a serem pífios, pois os processos não serão cumpridos com a consistência necessária”. Quem faz a afirmação é Maucir Nascimento, sócio-fundador da Speedio, plataforma de Big Data para geração de leads B2B e especialista em Growth, Marketing e Venda.
O especialista esclarece ainda que a consistência no contato com o potencial cliente também é uma solução decisiva para concretizar a venda, ressaltando que um software que lembre o representante de retornar o contato de prospecção, o chamado follow-up, é um processo simples de automação. “Isso é fundamental para estabelecer uma relação e concluir negociações de maneira positiva. Esta é uma função muito simples, desempenhada por centenas de softwares no mercado, mas que faz toda a diferença no resultado comercial. O impacto disso é enorme”, aponta.
Corroborando com a análise, uma pesquisa da MarketingDonut aponta que 92% dos vendedores profissionais desistem de uma potencial venda depois da quarta ligação, enquanto 80% dos prospects dizem não quatro vezes antes de dizer sim.
Segundo Nascimento, é fundamental medir também o máximo possível de variáveis no funil de vendas, tais quais quantos contatos estão sendo feitos e, por conseguinte, quantos follow-ups, já que a persistência se torna indispensável na busca pelo sucesso de uma negociação.
“Quando se tem uma equipe de humanos desempenhando funções tão importantes manualmente as empresas estão desperdiçando dinheiro e perdendo tempo. A automação é uma realidade latente”, complementa.
Atuando na automatização do universo da prospecção ativa/marketing outbound, a plataforma da Speedio disponibiliza uma ferramenta de big data para geração de leads B2B, que é fundamental para otimizar tempo e ter mais precisão na prospecção ativa. A plataforma oferece dados de todas as empresas do Brasil, com filtros e contatos precisos para cada negócio. “Imagine que, segundo um estudo da Reev, um pré-vendedor/SDR desperdiça aproximadamente 21% do seu tempo buscando informações a respeito de potenciais clientes ‘na unha’ quando poderiam encontrar esses detalhes em segundos em plataformas como a nossa”, complementa.
Saindo agora do aspecto comercial para gestão, Maucir revela que em tempos de pandemia, agilizar o processo de automação torna-se extremamente urgente, tendo em vista que os colaboradores estão atuando remotamente, logo, não existe uma presença física da gestão, o que muitas vezes compensava a falta de automações.
Muitas dessas automações podem ser entregues por CRMs, incluindo envio de e-mails, mensagens de WhatsApp, geração de relatórios. Quem não quer investir em CRMs, precisa ir buscar softwares que fazem as funções isoladamente. O que não pode de jeito nenhum é ficar alheio, sob pena de não sobreviver no mercado competitivo atual.
Automação em vários setores
Diante de tantas soluções que a automação e os softwares oferecem, a utilização desses sistemas não se limita apenas a vendas, podendo ser implementado em vários departamentos das empresas, independentemente de seu porte, a fim de cumprir com sua principal tarefa: padronizar processos e criar métodos para torná-los mais assertivos.
Em vários segmentos, a automação tem se mostrado eficaz e trazido resultados positivos para as empresas que adotam.
Marketing: segundo dados da Invesp, 61% das empresas afirmaram que o principal objetivo da automação no marketing é qualificar a geração de leads. Exemplo disso é que, de acordo com um levantamento da mesma instituição, quatro entre cinco empresas que, de fato, utilizaram da automação para qualificar leads, 77% viram a taxa de conversão aumentar posteriormente.
Recursos Humanos: a parte de gestão de pessoas e o RH das empresas pode ter muito ganho de produtividade com a automação de processos, fazendo com que o profissional use seu tempo para outras funções. Tarefas do dia a dia, como folha de pagamento, comunicação interna e gerenciamento de dados podem ser feitas por softwares de automação.
Startups já nascem abraçadas com a tecnologia
Se por um lado as empresas mais tradicionais estão aderindo às soluções tecnológicas e automação, as startups já surgem totalmente envolvidas em ferramentas e plataformas de tecnologia, afinal de contas, se não o fizerem, não conseguem emergir no mercado.